Sentada nas escadas laterais da fonte na Praça da Ribeira, olho os edifícios bonitos, o rio, as esplanadas cheias de turistas; leio o volume de poesia que comprei na Lello. Penso que todos elogiamos a Viagem e criticamos os turistas; e que todos achamos que turistas são os outros, e que eles são ridículos por tirarem tantas fotografias, mas que as nossas são sempre justificadas e boas.
Toco o granito da fonte, das igrejas. Granito, ruelas, casas escuras; acho que isto tem mais a ver comigo que Lisboa, e que isso diz alguma coisa sobre mim, que ainda não sei pôr por palavras. Tenho de me ir embora e não me apetece. De qualquer modo, aqui estou em casa.
Porto, Abril 2018
Porto, Abril 2018
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