quarta-feira, 13 de novembro de 2024

As dobras no tempo, as fendas da cidade

“And is not human life in many parts of the earth governed to this day less by time than by the weather, and thus by an unquantifiable dimension which disregards linear regularity, does not progress constantly forward but moves in eddies, is marked by episodes of congestion and irruption, recurs in ever-changing form, and evolves in no one knows what direction? Even in a metropolis ruled by time like London, said Austerlitz, it is still possible to be outside time”

W. G. Sebald, Austerlitz


É possível sem dúvida caminhar nas suas fendas, dobrá-lo como diz Tranströmer, e estar em vários tempos e lugares, a partir de uma dupla ancoragem na memória poética e na atenção ao presente. Não sei muitas coisas, mas se tenho algum truque ou super poder, este é um deles.

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