terça-feira, 8 de julho de 2025

Linguagem

Se a poesia estivesse para desaparecer, e eu só pudesse salvar um poema, hesitaria entre “Uma Carta no Inverno”, que tem dezanove páginas, e “Mattina”, que tem sete sílabas. E no fim salvaria o segundo, apesar de me encolher só de pensar em ver o primeiro desaparecer. É a melhor explicação que consigo para isto.

1 comentário:

  1. Concordo, Inês. A concisão, neste caso, encerra mais mundo, mais vida, mais vertigem, que a genial verborreia de Graça Moura. Para sorrir, lembro que a Mattina precisa de ser 'salva' , fica cá dentro para sempre, podemos dizê-la a qualquer hora. Portanto , pela lógica, salve a Carta de Inverno que a Mattina está salva à partida, para a eternidade.

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