Não consigo parar de pensar naquele jantar no sopé da montanha, na permanência daquele silêncio; passo cada hora de cada dia da semana a sonhar com o regresso àquele lugar, àquela hora. A memória, e o seu papel na experiência do presente, é um dos meus temas, e a Cidade outro — mas o silêncio. É o apelo antigo e inicial do meu coração de monja. Monja que só sabe pensar com os pés em andamento, monja que ama a Cidade culta dos museus e livrarias e dúbia dos portos e das caves de Jazz do Margarit e do Vasco Graça Moura, monja de libido apócrifa e a sensualidade como um modo de expressão absolutamente necessário, monja apócrifa e apóstata, mas monja. De golpe luminoso de êxtase na pele, e silêncio no coração.
quarta-feira, 3 de agosto de 2022
Silêncio
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