A cidade como uma forma de efabulação análoga à dos auto-retratos, enquanto cenário que se presta ao "como se alguém assistisse", propiciado pelo acto de caminhar. Escolhemos como nos apresentamos e como nos vemos, quando escolhemos por que ruas iremos, os lugares onde paramos, os que ignoramos, o que trazemos para casa num bloco de notas ou de desenho ou na máquina fotográfica ou na cabeça. E os edifícios, as árvores, as pedras da calçada, são geralmente testemunhas de uma infinita boa-vontade, e ouvintes de primeira água.
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