Vieira da Silva (autorretrato, 1932) e uma tonta.
Que mais poderia eu fazer numa exposição sobre o retrato português que não fingir que também sei jogar este jogo? Sim, podia calar-me, mas por mais adepta que seja do silêncio, vamos ser francos: este dia serviu muito para me lembrar que calar-me não é opção, que ainda não me rendi. Ainda agora reentrei nos labirintos de uma criação que não tenha medo da própria voz; só agora começo a descortinar um caminho em que talvez seja possível equilibrar a minha tendência para ensimesmar (sempre a autobiografia), com o recém-descoberto gosto de pegar naquilo que, no mundo, me deixa perplexa, e tentar escavar até ao osso. Joguemos, então.
Joguemos.
ResponderEliminar(Abraço muito grande também em ti*)