terça-feira, 24 de outubro de 2023

Bárbaros

Os bárbaros chegaram, Cavafis, mas não os que esperávamos. Tão somente os que merecemos.

4 comentários:

  1. Somos os bárbaros de nós próprios, já náo existiam bárbaros mas reinventámo-los para nosso conforto. Não somos nada sem bárbaros a quem culpar. Ah, Inês, que tempos estes que nós não vimos chegar.

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    1. É verdade Mário, que tempos. Enfim, agradeço por estes cantos pouco habitados onde se consegue conversar, ou pelo menos fazer um aceno de mãos àqueles que nos fazem companhia. Obrigada.

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  2. Muitos acenos, Inês, neste inevitável mal-de-vivre de tão múltiplas razões. E , contudo, ouço sempre dizer " que sorte que tens, não te queixes, não te falta nada, não tens doença grave, podes passear em liberdade" e outras benesses. E tem razão, claro, nós por aqui podemos viver em paz e segurança (não total) , ouvir CDS de música clássica em hifi, ir até ao parque ou ao passadiço marítimo. Tento convencer-me a mim próprio de que sou um felizardo , tudo é relativo. Mas a maior parte do tempo a melancolia de qualquer coisa deita tudo a perder, e confesso que gosto, que tenho prazer nisso, no negativismo frente a este mundo , na minha misantropia. E assim sinto solidariedade com os textos da Inês, que expressa tão bem isto tudo, isto tudo , isto tudo. Abraço agradecido , 'sister'.

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