Um dos meus objectivos a longo prazo é conseguir, um dia, escrever alguma coisa relevante acerca de Etty Hillesum. Nos seus diários e cartas, os caminhos da busca e construção do eu são expostos sem filtro, em carne viva, desde os momentos de optimismo triunfante até à depressão e incapacidade. E no fim, acima de tudo, fica o modo como ela, judia em Amsterdão na Segunda Guerra Mundial, sabendo que a esperava o campo de concentração, viveu com uma fé inabalável na celebração da vida e da beleza. Se houver alguém capaz de responder a Adorno, talvez seja ela.
Março 2017
Sem comentários:
Enviar um comentário