Estive para acrescentar um parêntesis no fim do post anterior que dizia: "um emprego que não me faça aquilo que um ano de callcenter quase conseguiu fazer, acesso regular à natureza, e um par de amigos que a vida não devore, e não pedia mais". E depois pensei que isso provavelmente já seria pedir demasiado. E depois apercebi-me que há dois anos não pensaria que isto seria pedir demasiado.
Esta fase má não é materialmente pior que outras, mas é aquela em que a sensação de que se calhar isto não é uma fase, mas a vida possível, é mais forte. E tenho medo de um dia passar a acreditar nisso. E é uma treta.
Há os momentos "it doesn't get better than this", Silvertree. São esses raros momentos que tenho de valorizar exponencialmente, pensar "a vida valeu nem que fosse só para isto", mas então não há mais, não há melhor ? não. Dantes deixava-os passar sem dar conta; agora estou mais alerta, e quando acontece, pára tudo, entrego-me.
ResponderEliminarDesculpe se abusei desta caixa aberta.
Mário, os seus comentários são sempre bem vindos.
EliminarEu concordo consigo, também acho que são esses momentos que fazem a vida valer a pena. Mas acontece, de vez em quando, haver fases tão más que esses momentos nem surgem, ou quando surgem têm pouca força, o seu brilho desaparece depressa - iluminam menos no resto dos dias. 2018 foi um longo momento desses.
Enfim, tudo passa.
Peço desculpa pelo grande atraso na resposta, mas tive alguns problemas com o blogger, que durante muito tempo não me deixava comentar no meu próprio blogue...
Como eu te percebo...
ResponderEliminarUm abraço!*
EliminarVim aqui. *
ResponderEliminarUm abraço, querida Patrícia. Vamos puxando uns pelos outros,pode ser? :)
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